O progresso da obra da rota bioceânica está surpreendendo.

O progresso da obra da rota bioceânica está surpreendendo.

Brasil: Acesso ao Oceano Pacífico

O maior país da América Latina

O Brasil é o maior país e o mais rico da América Latina. Sua localização estratégica, com fronteira com o Oceano Atlântico, traz grandes benefícios, como a facilidade na exportação de produtos para a América do Norte, África e Europa. Seus principais compradores há anos são os Estados Unidos, Holanda e Espanha. No entanto, nas últimas duas décadas, a China se tornou o maior importador dos produtos brasileiros, comprando 90 milhões de dólares somente em 2022. Além dela, países como Coreia do Sul, Singapura e Japão também são grandes compradores do Brasil, e todos eles têm algo em comum: estão localizados no Oriente, ou seja, têm forte presença no Oceano Pacífico.

O desafio das exportações para o Oriente

Para levar produtos à China, as navegações devem passar por debaixo da África até o outro lado do mundo, pois essa é a rota mais eficiente atualmente. Enquanto um navio que sai do porto de Santos demora 21 dias para chegar no porto de Rotterdam, na Holanda, para chegar à China, demora 44 dias, mais que o dobro do tempo. Por isso, existe um plano do Brasil para enfim acessar o Oceano Pacífico e diminuir em mais da metade a demora nas exportações para o Oriente, permitindo que o país e o restante da América do Sul exportem muito mais. Esse é o projeto da rota bioceânica.

A rota bioceânica

A rota bioceânica é um mega projeto de 2.396 km que está sendo executado e está muito perto de ser concluído. Ela ligará o porto de Santos, passando pelo Paraguai e Argentina, até o porto de Antofagasta, no Chile. Essa nova rota abrirá diversas oportunidades para o Brasil e os países sul-americanos, promovendo melhores relações bilaterais e impulsionando o comércio não apenas com a China, mas também com outros países asiáticos.

A importância da rota bioceânica

A rota bioceânica não apenas reduzirá o tempo de transporte de mercadorias entre o Brasil, Paraguai e Argentina para o mercado asiático em aproximadamente 17 dias, mas também impulsionará o turismo ao longo do percurso. A rota passará por diversos biomas, incluindo o Pantanal, o cerrado do Brasil, a região da Mata Atlântica, a Cordilheira dos Andes na Argentina e o Deserto do Atacama no Chile, proporcionando uma variedade de paisagens e incentivando o fluxo turístico ao longo da rota.

O progresso da rota bioceânica

O progresso da obra da rota bioceânica está surpreendendo. No Brasil, as rodovias já estão prontas e passando por revitalizações, e boa parte delas já está concluída. A ponte bioceânica, que ligará a cidade brasileira de Porto Murtinho a Carmelo Peralta, no Paraguai, está com 35% das obras concluídas e tem previsão para a conclusão no primeiro semestre de 2025. O Paraguai e a Argentina também estão avançando em suas partes da rota, enquanto o trecho até o Chile já está pronto.

Benefícios econômicos para Campo Grande e Região.

A rota bioceânica trará benefícios econômicos significativos para o Brasil e os países sul-americanos, promovendo o comércio e facilitando o acesso a mercadorias e serviços e o projeto promete impulsionar o comércio, o turismo e o desenvolvimento regional, fortalecendo as relações entre o Brasil e os países sul-americanos. Os benefícios para Campo Grande são:

  1. Aumento nas Exportações: Com a conclusão da rota bioceânica, a logística de exportação de produtos agrícolas, como grãos e carne, será significativamente otimizada. A redução no tempo de transporte de mercadorias para o mercado asiático em aproximadamente 17 dias proporcionará uma vantagem competitiva para os produtos sul-mato-grossenses. Isso não apenas impulsionará as exportações existentes para a China, mas também abrirá portas para novos mercados asiáticos, como Coreia do Sul, Singapura e Japão.

  2. Desenvolvimento Econômico em Campo Grande: A cidade de Campo Grande, por sua localização estratégica no Estado de Mato Grosso do Sul, se tornará um centro vital nessa rota bioceânica. O desenvolvimento de infraestrutura e logística na região promoverá investimentos e negócios locais. A proximidade da cidade à rota facilitará o transporte de mercadorias, estimulando o crescimento econômico e a criação de empregos.

  3. Valorização do Setor Imobiliário: O desenvolvimento da rota bioceânica tende a aumentar o valor dos imóveis na região, especialmente em áreas estratégicas próximas a vias de acesso e logística. O aumento na atividade econômica e no comércio internacional pode atrair investidores e impulsionar o mercado imobiliário local.

  4. Melhoria na Infraestrutura Urbana: Com o aumento do fluxo de comércio e turismo ao longo da rota, é esperado que haja investimentos em infraestrutura urbana em Campo Grande. Esses investimentos podem incluir melhorias em estradas, aeroportos e serviços públicos, criando uma cidade mais moderna e atraente para investidores e residentes.

  5. Diversificação Econômica: A rota bioceânica não só beneficiará as exportações agrícolas, mas também abrirá oportunidades para a diversificação econômica. Novos setores, como o turismo ao longo da rota, serviços logísticos e indústrias relacionadas ao comércio internacional, podem surgir, contribuindo para uma economia mais robusta e resiliente em Mato Grosso do Sul.

  6. Fortalecimento das Relações Bilaterais: Além dos benefícios econômicos, a rota bioceânica fortalecerá as relações bilaterais entre o Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. O aumento do comércio e da cooperação regional pode resultar em acordos comerciais mais sólidos e parcerias estratégicas, beneficiando não apenas Campo Grande, mas toda a região.

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